terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Obras no Rossio arrancam em breve



Local privilegiado não precisaria de mais adornos. Mas talvez por isso mesmo, o Rossio exige novas atractividades. Atenta, a Câmara Municipal projectou um conjunto de acções, sobretudo ao nível do equipamento urbano, melhorando o visual. Mas, a par disso, serão levadas a efeito obras periféricas. As obras de requalificação na Praça da República (Rossio) arrancarão em breve.

A intervenção incidirá na renovação do mobiliário urbano (bancos, papeleiras e candeeiros, reforço da iluminação do edifício dos Paços do Concelho, e iluminação do painel de azulejos (obra de Joaquim Lopes, de 1931, que retrata várias actividades da região) no muro que separa o Rossio do Jardim das Mães. A área pedonal vai ser alterada para dar melhores condições de segurança aos cidadãos. ‘Vamos nivelar passeios e rua sem cortar o trânsito’, informou Fernando Ruas. No Rossio passará também a existir uma zona de atravessamento para invisuais. Os automobilistas deixarão de aceder directamente à rua Gaspar Barreiros.

A alternativa é subir e inverter a marcha na avenida 25 de Abril, junto ao cruzamento com a avenida Gulbenkian, onde será construída uma nova rotunda. A Câmara Municipal aproveitará a requalificação urbana para introduzir algumas das medidas preconizadas no estudo de reordenamento viário e pedonal que está a ser elaborado pelo Instituto Politécnico de Viseu e Faculdade de Tecnologia de Coimbra, através da equipa liderada por Álvaro Seco. A avenida Alberto Sampaio entrará também em obras, passando a ter um único sentido, o ascendente, entre as praças D. João I e da República. Fernando Ruas informou ainda que ‘vamos renovar as condutas de saneamento básico, criar estacionamentos em espinha e apostar no alargamento dos passeios para que as pessoas possam circular mais à vontade’.

A.R.

Parque da Cidade vai ser requalificado





O Parque da Cidade/Aquilino Ribeiro, em Viseu, vai ser requalificado. O investimento é de cerca de 1.5 milhões de euros, só na parte dos arranjos urbanísticos. Os espaços de hotelaria serão alvo de concursos adequados abertos à sociedade civil. O lançamento do concurso público foi aprovado por unanimidade do executivo. Está previsto que as obras possam arrancar, no terreno, dentro de quatro meses, ficando concluídas no início de 2010. Os actuais caminhos terão outro tipo de pavimento, bem como o equipamento urbano.

Também o espaço verde sofrerá alterações ao nível paisagístico, com a criação de ligações do elemento água entre a fonte existente e o novo lago, criado no centro do parque. A grande curiosidade é do projectista ser o mesmo que desenhou o parque inicial, há 55 anos, fazendo a reconversão do antigo Quartel Militar em Parque da Cidade. Cabe-lhe agora fazer a reinterpretação do espaço e introduzir-lhe novas valências.

A. R. Notícias de Viseu

Requalificação da Quinta da Cruz



Estão a ser dados os últimos ‘retoques’ para que as obras de requalificação da Quinta da Cruz possam avançar de modo a que o final das mesmas ocorra ainda no decurso de 2009. O prazo de execução é de 365 dias. Os trabalhos da 1.ª fase estão relacionados com a transformação dos jardins em espaço pedagógico. O concurso de adjudicação dos trabalhos contempla também a recuperação de um moinho.

As obras custam um milhão de euros, mostrando-se a Câmara Municipal decidida a dar a volta completa a este novo espaço verde concelhio (entre Vildemoinhos e S. Salvador), realizando sucessivas obras até que a fruição total da Quinta possa ser um facto, com os viseenses a ganharem o hábito de frequentar novo e importante pulmão citadino. O presente pacote de obras contempla as zonas edificadas. No imóvel principal vai ser albergado um museu de arte contemporânea, criando-se, à volta, condições para a abertura da propriedade ao público. O projecto está voltado para aproveitamento da dimensão dos jardins e diversidade da flora existente, colocando a estrutura à disposição do público, neste particular, especialmente dos jovens. A reabilitação e valorização dos espaços prosseguirão em etapas subsequentes.

O Presidente da Câmara Municipal informou que há já um protocolo com a Fundação Serralves para fazer deslocar algumas exposições temporárias a Viseu. Para a ‘Quinta’ está também previsto um jardim aromático e ainda a construção dos Arquivos Distrital e Concelhio, prometido e adiado há muito. Todavia, tudo parece indicar que desta vez também irá avançar. Esta obra é da responsabilidade do Poder Central.

A. Rodrigues

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Sinagoga da comunidade Judaica de Viseu vai integrar Rede de Museu Municipal

Sinagoga da comunidade Judaica de Viseu vai integrar Rede de Museu Municipal



O edifício que, nos séculos XV e XVI , foi a Sinagoga da Comunidade Judaica de Viseu vai ser incluído na rede de museus municipal. O imóvel foi adquirido pela autarquia, por 154. 700 euros, que assinou a escritura de aquisição do edifício quatrocentista na passada segunda-feira, dia 22.

Durante a cerimónia, o ex-proprietário do edifício, Figueiredo Dias, admitiu sentir "um conjunto de sentimentos contraditórios". "Sinto saudades da casa onde vivi e sinto o gosto pelo facto da casa poder ser útil à cidade", refere. Figueiredo Dias considera que a venda do imóvel à autarquia de viseu se deve a um "encontro de afectos". "Um dia comentei com o senhor presidente que tinha um sonho de que esta casa se pudesse tornar mais um elemento da vida histórica da cidade. E o senhor presidente demonstrou a vontade de ter mais espaços para a Rede de Museus", explica.

De acordo com Fernando Ruas, a aquisição da antiga Sinagoga, que no século XX acolheu a Papelaria e Livraria Dias, vai permitir dar continuidade ao projecto proposto pelo Grupo de Missão. "Queremos deixar aqui de forma muito marcada aquilo que são vestígios da actividade judaica em Viseu. Em primeiro através de uma pesquisa documental forte sobre a problemática dos judeus em Viseu e através da adequação do espaço ao espólio", explica.

O edifício quatrocentista encontra-se situado na zona de protecção à Sé de Viseu e na Área Crítica de Recuperação e Reconversão Urbanística e é composto por três pisos.

Ao transformar o edifício da antiga Sinagoga em museu ou núcleo museológico, a autarquia espera "chamar mais gente ao centro histórico" e assim "dinamizar o turismo cultural". "Com a Rede de Museus Municipal vamos criar um centro histórico de muito interesse a nível cultural", afirma Fernando Ruas.

A Rede de Museus será constituída pelo Museu Grão Vasco, o Museu de Arte Sacra, o núcleo museológico da Misericórdia e a Casa-Museu Almeida Moreira.

Divulgação. A presença dos judeus em Viseu vai ser debatida a 14 de Fevereiro de 2009 num colóquio organizado pela autarquia e pelo Grupo de Missão. A evolução do judaísmo, o Judaísmo na Beira: Viseu e Lamego são alguns dos temas que vão ser abordados por académicos especialistas em assuntos da comunidade judaica.Na mesma ocasião será lançado o número da revista do Grupo de Missão.

Museu Militar no centro histórico

> Com o intuito de alargar a rede de museus, já perspectivada pelo Grupo de Missão, a autarquia de Viseu pretende criar um Museu Militar na Rua Direita, para o qual seria transferido todo o acervo do Museu do Regimento de Infantaria 14. "Ficamos num espaço curtíssimo do centro histórico, a cinco minutos de distância entre cada um dos museus, com uma rede que poderá permitir uma oferta diversificada", refere Fernando Ruas, sublinhando que os turistas nunca se deslocam a uma cidade por um museu, mas por um pacote de museus.
ed. 354, 26 de Dezembro de 2008