quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Ladrões terão usado portátil para abrir carro

Os ladrões que furtaram, na passada terça-feira, duas malas de viagem e uma pasta com documentos da mala do carro utilizado nas deslocações oficiais do presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, poderão ter recorrido a um computador portátil para destrancar as portas da viatura e levarem a cabo o roubo, sem danificar o automóvel.
O crime foi noticiado ontem pelo Diário de Viseu e, de acordo com fonte da PSP contactada pelo nosso Jornal, o método que pode ter sido aplicado implica a existência de material informático, usado para enviar um sinal para a viatura e que é idêntico ao transferido pelo comando integrado na chave original.
"Este tipo de equipamento é utilizado cada vez mais pelos criminosos, porque permite realizar os assaltos sem chamar a atenção de eventuais testemunhas, já que não precisam de estar a forçar as portas com ferros ou partir os vidros com pedras", explicou o agente, ligado à investigação criminal. Adiantou ainda que basta estar próximo do carro - escolhido pelos ladrões - e fazer correr um programa informático que simula o sinal enviado pelo comando.
"O processo pode demorar até 20 minutos, mas depois disso o indivíduo pode aproximar-se do carro, abrir a porta, retirar o que deseja e colocar-se em fuga, sem chamar a atenção das pessoas que estão nas proximidades", sublinhou. Referiu também que, dessa forma, é possível roubar o carro, desde que não seja necessária uma chave na ignição para colocar o motor a trabalhar, o que já acontece em alguns modelos vendidos no mercado nacional.
Comandos
de televisão

Quanto à possibilidade de os criminosos terem usado um comando de televisão para "clonar" o sinal da chave - hipótese que terá sido avançada por Fernando Ruas - a fonte contactada pelo Diário de Viseu disse que tal situação é improvável, tendo em conta que o carro da autarquia é muito moderno, usando um sistema em que o código da chave muda cada vez que é usada, permitindo mil milhões de combinações.
in Diário de Viseu, 9/10/08

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